No domínio da sustentabilidade corporativa, o Requisitos ERS E1 para CSRD (Diretiva de Relatórios de Sustentabilidade Corporativa) são uma prova da crescente ênfase em transparência e responsabilidade. Com a comunidade global a mudar para uma postura mais ambientalmente consciente, espera-se agora que as empresas sejam transparentes sobre o seu consumo de energia, produção e práticas globais de sustentabilidade. Esta publicação pretende lançar luz sobre a natureza multifacetada dos requisitos ERS E1 e as suas implicações na divulgação de dados energéticos.
1. Introdução ao ERS E1 e CSRD
Antes de mergulhar fundo, é essencial entender o contexto. O ERS E1 é um conjunto de directrizes que determinam como as empresas devem divulgar os seus dados relacionados com a energia no âmbito do CSRD. Estas directrizes não tratam apenas de conformidade; representam uma mudança mais ampla em direcção a práticas empresariais sustentáveis e relatórios transparentes. EFRAG tem sido fundamental para acolher e implementar essas directrizes, enfatizando a sua importância no cenário corporativo europeu .
Combinando Progresso Urbano com Sustentabilidade: Relatórios Energéticos Transparentes para um Amanhã Melhor
2. A amplitude dos dados energéticos: mais do que apenas números
Na sua essência, os requisitos E1 do ERS reconhecem que os dados energéticos são multifacetados. Não se trata apenas de quanta energia uma empresa consome, mas também de:
Fonte de energia: se a energia é derivada de fontes renováveis, como eólica ou solar, ou de fontes não renováveis, como carvão ou gás natural.
Eficiência Energética: Quão eficazmente a energia está a ser usada? Existem medidas em vigor para optimizar o consumo? 🌱
Pegada de carbono: O total de emissões de gases de efeito estufa resultantes do consumo de energia e os esforços para compensar ou reduzir essas emissões.
3. Qualidade e garantia de dados: os pilares da credibilidade
A qualidade e a garantia dos dados são fundamentais nos requisitos E1 do ERS. As empresas são incentivadas a:
Garantir a precisão dos dados por meio de auditorias e verificações regulares. De acordo com uma pesquisa recente, quase 65% das empresas aumentaram a frequência de auditoria para garantir a precisão dos dados.
Adoptar metodologias padronizadas para recolha de dados, para garantir consistência. A Agência Internacional de Energia (AIE) sugere que metodologias padronizadas podem reduzir as discrepâncias nos dados comunicados em até 30%.
Procurar a validação de terceiros para dar credibilidade às suas divulgações. É aqui que organizações como a EFRAG desempenham um papel fundamental na orientação e assistência às empresas. Foi demonstrado que a validação de terceiros aumenta a confiança das partes interessadas em mais de 50%.
4. Granularidade: uma visão detalhada do consumo de energia
A granularidade na divulgação de dados é um ênfase significativo dos requisitos ERS E1. Em vez de apenas apresentar números globais, as empresas são incentivadas a fornecer uma análise detalhada:
Consumo de energia por instalações ou regiões individuais. Por exemplo, uma empresa multinacional pode consumir 20% da sua energia na Europa, 30% na Ásia e 50% na América do Norte.
Uma divisão entre consumo de energia operacional e não operacional. A energia operacional poderá representar 70% do consumo total, com as fontes não operacionais representando os restantes 30%.
Informações detalhadas sobre iniciativas de economia de energia e seus resultados. Uma empresa pode reportar que reduziu o seu consumo de energia em 15% durante o ano passado devido a medidas específicas de poupança de energia.
5. O papel das energias renováveis e das iniciativas de sustentabilidade
Os requisitos ERS E1 também enfatizam a importância das energias renováveis:
Os seus investimentos em fontes de energia renováveis. Uma empresa pode divulgar que investiu US$ 5 milhões em projectos de energia solar no ano passado.
A percentagem da sua energia é derivada de fontes renováveis. Por exemplo, 40% da energia da empresa poderá provir de fontes renováveis, com o objectivo de aumentar para 60% nos próximos cinco anos.
Iniciativas que visam aumentar o uso de energia limpa. Uma empresa pode ter um programa para fazer a transição de 20% de sua frota de veículos para veículos eléctricos até 2025.
6. As implicações mais amplas para as partes interessadas
Para as partes interessadas, os requisitos ERS E1 oferecem uma visão transparente das práticas energéticas de uma empresa. Esta transparência pode influenciar decisões de investimento, parcerias e até mesmo o comportamento do consumidor. As empresas que aderem a estas directrizes e priorizam práticas energéticas sustentáveis provavelmente serão vistas de forma mais favorável no mercado.
7. Desafios e o caminho a seguir
Embora os requisitos ERS E1 estabeleçam uma estrutura robusta para a divulgação de dados energéticos, as empresas podem enfrentar desafios na recolha, verificação e comunicação de dados. No entanto, com o advento de ferramentas avançadas de análise de dados e o aumento da experiência na área, esses desafios podem ser superados. O futuro parece promissor, com mais empresas susceptíveis de adoptar práticas energéticas transparentes e sustentáveis.
Conclusão
As regras ERS E1 para CSRD são um grande passo para tornar as empresas mais abertas e verdes. Estas regras garantem que as empresas partilham informações claras e detalhadas sobre a sua utilização de energia e o quanto dependem de fontes de energia limpas. Essas informações energéticas são importantes porque mostram se uma empresa está a fazer a sua parte para ajudar o meio ambiente. Com o passar do tempo, ser transparente quanto ao uso de energia será fundamental para todas as empresas que desejam ser vistas como ecologicamente corretas.